Bando Anunciador, bando de todas as cores
É chamado há séculos de Anunciador, mas o bando que ganha as ruas de Feira de Santana, para anunciar a também secular Festa de Santana, bem que poderia ter o adendo de diversidade, tamanha é a quantidade de tribos urbanas que ganham às ruas e nele buscam e encontram diversão.
Foram empurrados por bandinhas de sopro, que tocaram animadas marchinhas e frevos, e por grupos do indefectível samba de roda, que levou a multidão que os cercava a soltar a alegria adormecida dentro de cada um deles.
E pela 12ª vez, contada a partir da retomada, o Bando Anunciador levou uma multidão às ruas centrais, na manhã deste domingo, 8. Dezenas de bairros foram representados no grande mutirão da alegria. O evento é realizado pela UEFS. A Prefeitura de Feira de Santana apoia a iniciativa.
A festa é de adesão, com sub-bandos alegremente aparecendo nas ruas ou becos e se juntando na formação do Bando Anunciador. Grupos de amigos vestem a camisa e saem por aí. Foliões fantasiados coletivamente fazem suas festas. Os solitários são muitos.
Diversas fantasias
Um grupo de mulheres fofinhas do Feira IX se autobatizou de “Rosa Palmeirão”. O estudante Ângelo Máximo se fantasiou de A Fera, o personagem do famoso filme. Em nome da animação, do irreverente, dois amigos carregavam um caixão de verdade – sem o defunto, claro.
Numa carroça, sacos de carvão em pó e numa lata distribuía o produto para quem quisesse se pintar. E foram muitos os que passaram carvão no corpo, uma tradição da festa.
A artista plástica mexicana, com suas conhecidas sobrancelhas, foi representada por Waldenya Jatobá. “Este é um dia de manifestação cultural, apenas. E que não deve ser visto como um dia de Micareta, assim, será desvirtuado”.
Os bandos vieram das Baraúnas – um dos mais animados, do Campo Limpo, da Rua Nova, Tanque da Nação, Parque Getúlio Vargas, Feira IV, V, VI, VII e IX, Cidade Nova.