Făs de Daniela externam a diversidade na avenida

20/4/2018, 23:22h | Foto: Silvio Tito

Diversidade. Uma palavra que tem ganhado grandes significados - e espaços - recentemente. A Micareta de Feira, por exemplo, tem o Camarote da Diversidade. Mas teve também um momento marcante que pode muito bem ter atribuído a si próprio a carga que a palavra carrega: a passagem de Daniela Mercury.

Gays, lésbicas, bissexuais, trans, héteros. E a festa mostrou ser um momento em que a diversidade se transforme em algo homogêneo. Na pipoca todo mundo dança, todo mundo ri, todo mundo tira selfie, todo mundo beija, todo mundo namora. Melhor: todo mundo se diverte.

Pode ser na avenida ou em cima do trio. Sensação que foi externada quando grandes sucessos foram cantados em coro pelo público, como "Canto da Cidade", "o canto de Feira de Santana", como diria Daniela, "a maior Micareta do Mundo", no momento em que saudava a imprensa feirense.

Pouco tempo após voltar a seguir o percurso, ao trazer para a festa o canto "Ilê! Pérola Negra (o canto do negro)", a artista que cantou em Feira de Santana pela primeira vez aos dezoito anos, destacou essa unidade. "Tem negro aí embaixo?". Positiva automática do povo. "Tem gay aí embaixo?". Resposta instânea e ainda mais animada. "Tem gente aí embaixo?".