Secretaria da Mulher realiza encontro de famílias contra a LGBTfobia parental no dia 8 de junho

28/5/2024, 11:16 |

A Prefeitura de Feira de Santana por meio da Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres (SMPM) está promovendo uma campanha contra a LGBTfobia parental com o objetivo de combater a discriminação que ocorre dentro do ambiente familiar, onde a própria família pratica a violência. No dia 8 de junho, um encontro de famílias vai discutir a importância da rede de apoio. Em breve o local será divulgado.

A campanha faz alusão ao Dia Internacional Contra a Homofobia, celebrado em 17 de maio. Esta data marca a decisão da Organização Mundial de Saúde (OMS), em 1990, de retirar a homossexualidade do Código Internacional de Doenças (CID).

De acordo com o chefe da Divisão de Promoção dos Direitos das Minorias, Fábio Ribeiro, a pasta fez uma pesquisa em 2021 onde 60% dos entrevistados afirmaram que o preconceito mais sentido é o da própria família, manifestado através de expulsões de casa, agressões físicas, insultos e tentativas de anulação. A pesquisa ocorreu por questionário e contou com a participação de 496 pessoas.

"Estamos lançando esta campanha para que pais e parentes de pessoas LGBT compreendam, aceitem ou, ao menos, respeitem os membros LGBT de suas famílias. No dia 8 de junho, realizaremos um encontro de famílias para discutir como podemos estabelecer uma rede de apoio, tanto para os LGBTQIAPN+ quanto para suas famílias, ajudando-as a lidar com a descoberta de que seus filhos ou irmãos são LGBT," afirma.

A Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres realiza diversas ações ao longo do ano, incluindo campanhas de visitação a locais frequentados pela comunidade LGBT, onde são fornecidas informações e recursos para apoiar essa população. Além disso, a pasta acompanha pessoas LGBT em situação de vulnerabilidade, oferecendo apoio que vai desde a distribuição de cestas básicas até assistência para inserção no mercado de trabalho.

Outra ação desenvolvida pela SMPM é a visitação a locais de prostituição, onde muitas pessoas trans, travestis e transsexuais estão presentes. Nessas visitas, são realizadas ações de saúde, distribuição de preservativos e fornecimento de informações, incentivando essas pessoas a buscar apoio da Secretaria para sair da prostituição, especialmente quando não é uma escolha consciente.

"Temos ainda uma parceria com a Secretaria de Saúde que oferece um ambulatório de sexualidade com médicos e psicólogos. Os médicos fornecem orientação sobre harmonização para pessoas em transição, enquanto os psicólogos oferecem acompanhamento durante esse processo, ajudando a lidar com os impactos da LGBTfobia, como violência, depressão, ansiedade e risco de suicídio. Além disso, acompanhamos pessoas trans na retificação de nome e gênero. Para aquelas que enfrentam dificuldades em obter a documentação necessária, oferecemos todo o suporte para conseguir esses documentos junto ao cartório de Feira de Santana" reitera Fábio Ribeiro, chefe da Divisão de Promoção dos Direitos das Minorias.



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