Conselho Municipal discute melhorias para o Transporte Alternativo e Complementar em Feira de Santana

O Conselho Municipal de Transportes e Trânsito de Feira de Santana se reuniu nesta segunda-feira, 28, no Gabinete da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana, para discutir a atual situação e o futuro do Sistema de Transporte Alternativo e Complementar (STPAC) do município. Esta foi a terceira reunião do conselho em quatro meses de governo do prefeito José Ronaldo, destacando o empenho da atual gestão em buscar soluções para os desafios da mobilidade urbana.

Convocada por meio do Diário Oficial Eletrônico do Município, a reunião contou com a participação de diversos representantes de órgãos e entidades ligadas ao setor de transporte e mobilidade urbana. Estiveram presentes: Sérgio Barradas Carneiro, secretário municipal de Mobilidade Urbana e presidente do Conselho; Carlos Rodolfo Suzarte Ferreira Júnior, secretário do Conselho; Luiz Wilson Santos Paolilo, representante da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano; Francisca F. Melo de Souza, da Associação Comercial de Feira de Santana; Liomar Ferreira da Silva, do Sindicato dos Condutores Autônomos de Veículos Rodoviários; José de Souza Almeida, do Sindicato dos Condutores Rodoviários; Fausto de O. Botelho e Abel Soares, representantes das empresas de transporte coletivo urbano; Raimundo de Souza Ferreira, do Sistema de Transporte Alternativo e Complementar (STPAC); Robério Brito Silva, do STIAC; Valdinei Moreira Souza, do Sindicato do Comércio de Feira de Santana; e Délcio Mendes Barbosa, representante do Sindicato dos Comerciários de Feira de Santana.

O secretário Sérgio Barradas Carneiro abriu os trabalhos destacando a importância do encontro para a reestruturação do transporte, principalmente nas áreas rurais, onde o sistema enfrenta limitações de infraestrutura e baixa demanda.

Durante a reunião, o fiscal de Serviços Públicos André Akio Nunes Ogasawara apresentou um diagnóstico detalhado dos oito distritos do município, com ênfase no distrito de Jaguara, atualmente atendido exclusivamente por vans do antigo sistema ZR (Zona Rural).

Raimundo de Souza Ferreira, conhecido como Dinho do Alternativo e representante do sistema STPAC, relatou as dificuldades enfrentadas pelos permissionários, incluindo prejuízos financeiros, concorrência com transporte clandestino e desafios operacionais. “Hoje nossas vans transportam, em média, 120 passageiros por dia, o que gera uma receita de R$ 600, mas temos despesas diárias de R$ 450. A conta não fecha”, afirmou. “Luto para que o transporte seja rentável. Sem lucro, o comércio fecha, e isso eu não quero para o meu transporte”, completou.

O conselho solicitou à Secretaria de Mobilidade (SEMOB) a realização de estudos que apontem caminhos para solucionar os problemas do setor, como a possibilidade de uma nova licitação. Entre as propostas estão: frota reserva, veículos com ar-condicionado e elevadores para cadeirantes, instalação de GPS, ordens de serviço e absorção dos atuais motoristas, valorizando o conhecimento que eles já possuem das rotas.

Sérgio Carneiro reforçou que a reunião representa um passo importante para a construção de soluções concretas. “Essa terceira reunião foi para colocar ao conselho as demandas do transporte alternativo e complementar, sobretudo da zona rural. O conselho tomou pé da situação, ouviu o diagnóstico e abriu o debate. Os próximos passos serão definidos após uma conversa mais aprofundada com o prefeito José Ronaldo”, pontuou.

Foto: José Vitor Costa