Memorial da Feira

A vida e a obra de Aloisio Resende, o poeta do erotismo e da africanidade

13/3/2020, 10:29h

Um negro pobre, ligado ao candomblé, que conseguiu se destacar, em plena década de 1930, em uma sociedade dominada por famílias brancas, católicas e aristocráticas. Assim foi o poeta e cronista feirense Aloísio Resende, cuja biografia está sendo apresentada, em linhas gerais, no mais novo vídeo exibido no Memorial da Feira, portal mantido pela Prefeitura na internet, através da Secretaria Municipal de Comunicação Social.

A obra de Aloisio Resende foi relativamente pequena. A maioria dos seus poemas e crônicas foi publicada no Jornal Folha do Norte, onde atuou como tipógrafo na década de 1930, depois de trabalhar em jornais de Salvador e de Recife. Morreu com apenas 40 anos. Em 2000, a Universidade Estadual de Feira de Santana publicou o livro “Aloisio Resende – Poemas’, organizado pelas professoras e pesquisadoras Ana Angélica Vergne de Morais, Cristiane de Magalhães Porto e Lucidalva Correia Assunção.

O livro reúne 29 poemas de Aloisio, muitos dos quais voltados ao erotismo. Outros enaltecendo, de forma corajosa, a força e a beleza do candomblé, numa época em que essa religião sofria duras perseguições da sociedade e do Estado. Mesmo assim, Aloisio obteve reconhecimento ainda em vida e, logo após a sua morte, foi alvo de homenagens por parte de intelectuais feirenses na própria Folha do Norte, e emprestou seu nome a uma escola primária no bairro de Maçaranduba, em Salvador. Hoje é também nome de uma rua em Feira de Santana.

O vídeo exibido no Memorial da Feira traz também o depoimento do professor e doutor em Estudos Literários, Denilson Lima Santos, um dos pesquisadores da vida e da obra de Aloisio Resende. O vídeo pode ser visto na categoria Panoramas da Feira. O Memorial da Feira está na internet, no endereço www.memorialdafeira.ba.gov.br.

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Memorial da Feira conta a história do jurista e poeta feirense Filinto Bastos

3/3/2020, 10:58h

Pouca gente sabe quem foi Filinto Justiniano Ferreira Bastos, desembargador que empresta seu nome ao fórum de Feira de Santana, a uma rua do centro da cidade e a uma comenda outorgada pela Câmara Municipal. Pois a vida de Filinto Bastos está sendo contada, em linhas gerais, no mais novo vídeo exibido no Memorial da Feira, portal mantido na internet pela Prefeitura, através da Secretaria Municipal de Comunicação Social.

Filinto Bastos nasceu na então Vila de Feira de Santana, em 11 de dezembro de 1856. Foi aluno do padre Ovídio Boaventura, estudou direito em São Paulo e no Recife, e atuou como promotor e juiz de órfãos em Ipirá, Amargosa e Caetité. Em 1892, foi promovido a juiz de primeira entrância, em Salvador. Em 1897, foi elevado a conselheiro do Tribunal de Apelação e Revista da Bahia, cargo equivalente hoje ao de desembargador. Também lecionou e foi diretor da Faculdade de Direito da Bahia.

Além de jurista, Filinto Bastos foi poeta e abolicionista, tendo sido um dos fundadores da sociedade Emancipadora Acadêmica Abolicionista, na Faculdade do Largo do São Francisco, em São Paulo, e integrante do Clube Abolicionista, em Recife. As duas entidades se dedicavam a comprar cartas de alforria para a libertação de escravos. Filinto também foi um dos fundadores da Academia de Letras da Bahia, sendo patrono da cadeira 21, que já foi ocupada por Jorge Amado e Zélia Gattai, e hoje pertence ao poeta feirense Antonio Brasileiro.  

A fonte de informações sobre Filinto Bastos, nesse vídeo, foi a professora e mestre em Estudos Literários, Rita Trabuco. O vídeo pode ser visto na seção Panoramas da Feira do Memorial da Feira. O endereço na internet é www.memorialdafeira.ba.gov.br.

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Memorial da Feira apresenta painel sobre os antigos prédios de Feira de Santana

20/2/2020, 16:35h

A antiga arquitetura eclética de Feira de Santana, que marcou o cenário urbano da cidade nas três primeiras décadas do século XX, é tema do mais recente painel de fotografias e de textos apresentado pelo Memorial da Feira, portal mantido na internet pela prefeitura de Feira de Santana, através da Secretaria de Comunicação Social (Secom)..

São fotos de antigas edificações ainda existentes, mais ou menos conservadas com suas características originais, como o prédio da prefeitura, o Casarão Fróes da Motta, a antiga escola Pequeno Príncipe (onde hoje funciona a Secretaria Municipal de Educação), o Centro Universitário de Cultura e Arte (antiga Escola Normal) e o Mercado de Arte Popular, antigo Mercado Municipal.

Há também as edificações já demolidas, como o Solar Santana, o Casarão de João Marinho Falcão, a Vila Sampaio, a Casa da Torre e a residência de Chico Pinto. E aquelas que ainda existem, mas bastante descaracterizadas, como o Casarão da Praça João Pedreira, onde funcionou a primeira biblioteca municipal de Feira de Santana, e os prédios da Câmara Municipal e da Casa de Saúde Santana.

Todas as fotos são acompanhadas por textos do arquiteto e artista plástico Juraci Dórea, falando sobre a origem, a conservação, a descaracterização ou a destruição de cada imóvel. Os textos, e a maioria das fotos, fazem parte do livro de Juraci, Feira de Santana – Memória e Remanescentes da Arquitetura Eclética, lançado no ano passado pela UEFS Editora, e que serviu de base para o documentário Arquitetura da Feira – Sob o olhar de Juraci Dórea, que é exibido no próprio Memorial da Feira, na seção Panoramas da Feira.

As fotos e os textos sobre as edificações em estilo eclético podem ser vistos na seção Fotos da Feira, categoria Arquitetura da Feira. O portal Memorial da Feira está na internet, no endereço www.memorialdafeira.ba.gov.br.

 

 

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Filme Tapera é exibido no portal Memorial da Feira

10/2/2020, 10:54h

O filme Tapera, curta-metragem realizado em 1973 por Juraci Dórea e Everaldo Cerqueira, é mais um produto do cinema feirense publicado pelo Memorial da Feira, portal mantido na internet pela prefeitura, através da Secretaria de Comunicação Social.

Filmado em Super-8, com seis minutos de duração, Tapera é inspirado no poema Elegia do Solar Abandonado, de Eurico Alves Boaventura. Tem a participação, como atores, de Maria do Rosário e do jornalista Dimas Oliveira, que também editou a película. Foi lançado em 1973 no Clube de Cinema de Feira de Santana, em sala da antiga Faculdade Estadual de Educação, hoje Centro Universitário de Cultura e Arte. No ano seguinte participou da III Jornada Nordestina de Curta Metragem, em Salvador.

Sobre o filme, Dimas Oliveira escreveu: "A linguagem que Everaldo & Juraci utilizam é adequada para a exigüidade de um curta em pequena bitola. Crítica, realista, não convencional. A ausência de diálogos (ou monólogos), sequências curtas e/ou longas, conseguindo plano através plano, num ambiente natural, compor um filme puro, de inegável beleza plástica e cromática, num clima de metamorfose, lirismo, poesia."

Tapera pode ser visto na seção Relíquias da Feira. O portal Memorial da Feira está no endereço www.memorialdafeira.ba.gov.br.

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Memorial da Feira exibe painel sobre a grande feira-livre de Feira de Santana

5/2/2020, 11:0h

“A grande feira-livre de Feira de Santana, que era realizada no centro da cidade, marcou a história e a vida do município, que a ela deve a sua própria origem e o seu próprio nome. Considerada uma das maiores do Nordeste, rivalizando apenas com as de Caruaru, em Pernambuco, e a de Campina Grande, na Paraíba, a feira-livre de Feira de Santana impressionava a todos pela grandeza, pelo colorido e pela riqueza de tipos humanos. Era uma marca da cidade, fazia parte de sua alma, de sua personalidade. Mas, em janeiro de 1977, a grande feira foi transferida para o Centro de Abastecimento, onde deixou de ser livre.”

Este é o texto de abertura do painel de fotos sobre a antiga feira-livre de Feira de Santana, transferida em 1977 para o Centro de Abastecimento, no governo de José Falcão da Silva, como parte do Plano Local de Desenvolvimento Integrado. O painel pode ser visto no Memorial da Feira, portal mantido na internet pela Prefeitura, através da Secretaria de Comunicação Social. Está na seção Fotos da Feira, categoria A feira da Feira.

São 98 imagens, entre fotos, reproduções de obras de arte e prints de filmes sobre a feira-livre, mostrando a sua grandeza e a variedade de tipos humanos que a transformavam num amplo e fervilhante cenário da cultura popular sertaneja. As imagens foram registradas por artistas como Juraci Dórea, Lênio Braga, Olney São Paulo e José Umberto, além de vários fotógrafos da cidade, entre eles o decano Magalhães.

Além delas, há também a reprodução de cerca de 30 textos, entre reportagens, crônicas, cordel e registros históricos, falando sobre as origens, o crescimento e a morte da grande feira-livre. Destaques para os textos de Rollie Poppino, considerado até hoje o maior historiador de Feira de Santana, do viajante austríaco Ernst Von Hesse-Wartegg, e para os depoimentos de feirantes e comerciantes da cidade, uns apoiando, outros condenando o fim da feira.    

Na época da transferência da feira para o Centro de Abastecimento, o prefeito José Falcão disse, em depoimento para o jornal A Tarde: “Os constantes congestionamentos no sistema de tráfego de veículos, a proliferação de bancas e barracas, o péssimo aspecto urbanístico, uma feira-livre sem higienização, produtos alimentares misturados ao lixo e à sujeira, os constantes furtos praticados por marginais e pivetes que infestam a cidade nos dias de segunda-feira, levaram ao cumprimento do Projeto Cabana – Centro de Abastecimento, prevista no Plano Local de Desenvolvimento Integrado.”

O portal Memorial da Feira pode ser visto na internet pelo endereço memorialdafeira.ba.gov.br.

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